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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Rinite alérgica e rendimento escolar


A rinite alérgica é a doença crônica mais comum na infância, de acordo com os dados mais atualizados. A base da doença é genética (hereditária) e resulta da interação com fatores do ambiente em que vivemos. As vias respiratórias altas se encontram inflamadas, mesmo quando não se sente nada. É a chamada “inflamação mínima persistente nasal”.

A rinite se manifesta por sintomas nasais predominantes, como: espirros, coriza, congestão e coceira nasal, podendo se confundir com resfriados repetidos. Mas, não pára por aí: a partir do momento em que a mucosa do nariz se inflama, pouco a pouco, esta inflamação atinge as estruturas próximas do nariz, como os seios da face, ouvidos, garganta, olhos e até os pumões. Por isso, a rinite raramente se manifesta sozinha, sendo comum que se associe com sinusite, conjuntivite, laringite, faringite, amigdalite, tosse crônica e até mesmo asma (ou bronquite). Fica claro, portanto, que a rinite não é uma doença sem importância e que pode acarretar muito sofrimento às crianças.

Um problema pouco falado é o reflexo dos sintomas nasais repetidos no repouso e no sono das crianças. Afinal, qualquer adulto sabe como é difícil dormir se o nariz está entupido. O sono prejudicado pela má respiração se acompanha de roncos, agitação, boca aberta, babando no travesseiro, A consequência? Noites mal dormidas, sonolência durante o dia, desatenção na escola, alterações do humor, resultando em queda das notas e do rendimento escolar.

Se a rinite é mais grave, é fácil relacionar as faltas na escola com o prejuízo no aprendizado. Mas, nos casos mais leves, esta influência pode passar despercebida pelos pais e professores, levando a pensar que a crianças tenham um distúrbio de atenção e comportamento.

O tratamento adequado da rinite pode contribuir para uma melhora do desempenho escolar nas crianças. Mas, devem ser evitados os antialérgicos de primeira geração, mais antigos, que podem produzir sonolência, irritabilidade e outras alterações do sistema nervoso central como efeitos colaterais. São preferíveis os antihistamínicos mais modernos, que mostram bons resultados clínicos sem estes efeitos colaterais.

Cabe aqui lembrar que tratar não é só tomar remédios, mas deve englobar a imunoterapia específica (vacina para alergia) e cuidados para controle de ácaros na poeira de casa, em especial no quarto das crianças. Além disso, é importante afastar maus hábitos (chupetas, mamadas noturnas), corrigir a respiração bucal através da fisioterapia, tratar outras doenças associadas, etc.

Fonte: Blog da alergia

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